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Aliança inédita entre ONGs e agronegócio pressiona Bolsonaro contra desmatamento

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Organizações de preservação ambiental e empresas ligadas ao agronegócio se uniram numa aliança inédita, formada por 230 entidades, para pressionar o governo federal com um conjunto de propostas a fim de deter o desmatamento que destrói a floresta amazônica. O documento foi entregue nesta terça-feira (15) ao presidente Jair Bolsonaro e ao vice-presidente Hamilton Mourão, além dos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente, Economia e Ciência e Tecnologia. As propostas chegaram ainda às mãos de deputados e senadores do Congress Nacional, ao parlamento europeu e embaixadas de países europeus.
Do lado ambiental, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura reúne entidades como WWF Brasil, WRI Brasil, TNC, Imazon e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Já no setor do agronegócio e da indústria, estão companhias como JBS, Klabin, Marfrig, Amaggi, Basf, Danone, Natura e Unilever. O grupo se define como “um dos raros foros de diálogo entre o agronegócio e ambientalistas”. 
Segundo o documento obtido com exclusividade pelo jornal Estado de S. Paulo, seis ações foram elaboradas para deter o desmatamento. A primeira delas visa reduzir o desmatamento de forma permanente pede a retomada e intensificação da fiscalização, com punição pelos crimes ambientais identificados. Uma segunda medida cobra a suspensão dos registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) que incidem sobre florestas públicas e responsabilização por eventuais desmatamentos ilegais.
A terceira ação prevista cobra a destinação de 10 milhões de hectares à proteção e uso sustentável, com a meta de selecionar, num prazo de 90 dias, a partir do Cadastro Nacional de Florestas Públicas, a terra que possa ser designada como área protegida de uso restrito e de uso sustentável em regiões sob forte pressão de desmatamento. Uma quarta proposta prevê que a oferta de financiamentos passe a adotar critérios socioambientais.
Em uma quinta ação, as empresas e associações pedem total transparência e eficiência às autorizações de supressão da vegetação. A sexta e última proposta requer a suspensão de todos os processos de regularização fundiária de imóveis com desmatamento após julho de 2008, até que as áreas estejam plenamente recuperadas.
Para o diretor executivo do Ipam, André Guimaraes, representante da Coalizão Brasil, estas são medidas que podem ser implantadas imediatamente, gerando resultados permanentes.
“O desmatamento descontrolado é um mau negócio para o País como um todo. Cria instabilidade ao País, ao clima, ao meio ambiente, aos empresários. Quem ganha com isso é quem opera na ilegalidade”, diz Guimarães. “O que nós precisamos hoje no Brasil é de mais vozes sensatas e equilibradas, para uma sociedade que construa respostas e mude posturas do próprio setor privado. Estamos construindo consensos”.
Com informações do jornal Estado de S. Paulo. 
Serra FM

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