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Movimento de Ciro e Lula pode somar para diálogo no Recife

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Não só em público se deram as reações críticas de lideranças do PT e do PDT ao encontro recente que o ex-presidente Lula teve com o presidenciável Ciro Gomes. Nas hostes pedetistas, em conversas reservadas, o que se fala é que foi “uma coisa boa, mas na hora errada” e que os dois deveriam “ter deixado passar a eleição” para irem à mesa. Por uma razão: há lugares onde o PT e o PDT estão disputando e essa movimentação pode atrapalhar os discursos de alguns candidatos. Há no PDT quem avalie que essa reaproximação poderia aguardar uns 15 dias. Uma ala argumenta que não se tratou de um encontro dos partidos, mas das duas lideranças, uma vez que a própria presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, condicionou uma reaproximação a um pedido desculpas de Ciro ao PT. Parlamentares sublinham, nos bastidores, que a unidade de ação das duas legendas não passa necessariamente pelo reencontro de Ciro e Lula, mas já está em curso no Congresso Nacional, onde PT e PDT atuam juntos, via blocos da Oposição e da Minoria, liderados por André Figueiredo (PDT) e José Guimarães (PT), respectivamente.

Em Pernambuco, a movimentação de Ciro e Lula foi vista como positiva pelo deputado federal Túlio Gadêlha. À coluna, ele avaliou: “Já era hora de sentarem e conversarem, porque o Brasil não aguenta mais essa divisão no campo progressista”. Apesar do distanciamento protagonizado pelas duas siglas, Túlio realça que o PT apoia o PDT em 173 municípios e que o PT tem apoio do PDT em 134. Tem os números de cabeça e, em sua rede social, destacou o encontro. No Recife, aliados da prefeiturável Marília Arraes apostam, há algum tempo, num estreitamento da relação com Túlio. Túlio e Marília tem canal de diálogo aberto e essa aproximação nacional, encabeçada por Ciro e Lula, eventualmente, pode somar para catalisar um entendimento na Capital, onde o PDT apoia João Campos, mas Túlio ainda não declarou voto e nem fala sobre isso.

Comparativo x fragilidades

Na reta final da campanha no Recife, os candidatos sobem o tom na direção dos adversários. Mendonça Filho passou a investir em comparativos e fragilidades dos adversários. Se já havia iniciado os disparos na direção da delegada Patrícia Domingos, o democrata passou a mirar também em João Campos e em Marília Arraes. “Chega de PT e PSB que estão há 20 anos no poder. Basta comparar!”, diz o trecho do guia.

Miras >

Mendonça compara os cargos que ocupou com os de João Campos e mira Patrícia Domingos e Marília Arraes: “Não tem comparação, nem com João, nem com Marília, sem falar na delegada, que nunca administrou nada, não tem experiência e ofendeu nosso povo”.

Endereço >

Mesmo o prefeiturável João Campos, que vinha evitando embates, levou ao ar propaganda em que emite críticas, ainda que sem citar nome, à adversária Patrícia Domingos. “A gente é recifense com um orgulho danado e fica arretado quando alguém fala mal daqui”, diz o vídeo e segue: “Mas não venha botar meu Recife para baixo”.

São Tomé >

Carlos Andrade Lima retornou ontem de Salvador e não teve agenda política por lá. Foi gravar imagens da construção do VLT na Bahia em função das críticas que vem recebendo à sua proposta. Adversários dizem que o trem elevado é inviável. Aliados de Carlos reagem, afirmando que não botar fé nisso é “complexo de vira-lata”.

Propósito >

A candidatura coletiva do PDT, Ativistas, não ocupa espaço no guia de João Campos. O coletivo abriu mão, porque era defensor do projeto majoritário de Túlio Gadêlha. Os membros do Ativistas já assinaram cartas compromisso se comprometendo com três frentes: a mobilidade sustentável, a primeira infância e o clima.

Por FolhaPE

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