Ao tomar posse, ontem, na presidência do Tribunal de Contas da União, a ministra Ana Arraes, filha de Miguel Arraes e mãe do ex-governador Eduardo Campos, mandou um recado aos prefeitos eleitos. “Vou buscar aperfeiçoar e ampliar o diálogo entre o Tribunal e os prefeitos eleitos em 2020. Chego a esta Casa para fortalecer a sua sólida tradição de combate às iniquidades de todos os pilares”, afirmou.
E acrescentou: “No ano que se aproxima, teremos novos prefeitos que assumirão agendas de cuidados das nossas cidades, onde os cidadãos vivenciam diretamente a aplicação dos recursos públicos. Essa tarefa requer que quem os administra saiba como fazê-lo dentro dos preceitos legais e com eficiência. Em minha gestão, o TCU aperfeiçoará o diálogo orientador com os municípios, como forma de atuar na prevenção das falhas que possam prejudicar o melhor uso dos recursos “.
Ana é a segunda mulher a assumir o comando da Corte –desde 1893, somente Elvia Lordello Castello esteve na presidência do Tribunal, de 1994 a 1995. Sobre isso, afirmou: “Sinto-me honrada por elevar a participação feminina nas tomadas de decisão e pretendo inspirar outras mulheres a alcançarem espaços como este”. Atualmente, 27% do corpo de servidores do TCU são mulheres e representam apenas 10% dos dirigentes.
Em sua gestão, ela prometeu ampliar esse percentual para cerca de 30%. “Assim, além de tornar mais equitativa a distribuição em posições estratégicas, será também uma forma de reconhecer o talento e qualidade técnica das servidoras para cargos de comando”, destacou. Ana Arraes assume o cargo de José Mucio Monteiro, que decidiu se aposentar e deixará o Tribunal em 31 de dezembro.
O ministro Bruno Dantas foi nomeado para o cargo de vice-presidente e corregedor. Os mandatos de presidente e vice-presidente do TCU são de um ano, com possibilidade de recondução por igual período. Ana Arraes e Bruno Dantas foram eleitos por unanimidade em 2 de dezembro pelos ministros da Corte.
Por magno Martins







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