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Lava Jato vê plano para influenciar julgamento de Moro e anular condenações

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Procuradores que integraram a Lava Jato defendem que a perícia da defesa do ex-presidente Luiz Inácio da Lula da Silva (PT) em mensagens apreendidas em operação da Polícia Federal que prendeu hackers não atesta a autenticidade do material. Sem citar nominalmente a defesa de Lula, eles afirmam que a divulgação das mensagens é “um evidente plano de comunicação para influenciar” o julgamento de suspeição do ex-juiz Sergio Moro no STF (Supremo Tribunal Federal) e “anular condenações bastante sólidas”.

“Trata-se, assim, de material ilícito, que não tem autenticidade comprovada e, portanto, imprestável”, diz um ofício assinado por dez procuradores da força-tarefa —que foi encerrada na semana passada. O documento foi enviado hoje para a PGR (Procuradoria Geral da República), para o STJ (Superior Tribunal de Justiça) e para o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

De acordo com a Lava Jato, “a integridade ou autenticidade do material jamais foi atestada por perícia, embora haja quem divulgue que teria sido ‘periciado’ na intenção de induzir a opinião pública a uma falsa compreensão da realidade”.

“De fato, a perícia realizada no material não atestou —e nem poderia— que o material apreendido é o mesmo material que era mantido nas contas de Telegram das autoridades hackeadas”, diz o ofício, sem citar a defesa de Lula. “Isso porque, antes de sua apreensão, o material ficou por longo tempo em poder do hacker e pode ter havido inúmeras adulterações e edições das cópias, o que torna a prova imprestável.”.

De acordo com os procuradores, há evidências “de que os hackers se fizeram passar pelos donos das contas e travaram conversas totalmente falsas com terceiros”. “Assim, não se tratou apenas do hackeamento de uma cópia, mas de acesso ao aplicativo em paralelo ao real titular da conta, com todas as prerrogativas deste.”.

A Lava Jato diz que o Telegram “permite que quem acessa online as contas edite ou apague mensagens, sem que isso fique registrado no curso das conversas”. “O hacker teve acesso à livre adulteração das conversas com as prerrogativas de titular das contas. O que a perícia fez foi ‘congelar’ o material tal como se encontrava no momento da perícia, garantindo que não sofreria novas adulterações no futuro.”.

“Não atestou absolutamente nada sobre a sua autenticidade ou integridade, não afastando sua adulteração e modificação pelos criminosos. Não há nem mesmo condições mínimas para isso, uma vez que não há demonstração da cadeia de custódia, isto é, do que aconteceu com o material desde sua obtenção criminosa até a apreensão policial meses depois”.

Fonte: UOL

Serra FM

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