Uma das maiores intervenções hídricas em execução no Brasil, com o compromisso de levar água para dois milhões de pernambucanos, a Adutora do Agreste terá mais uma etapa entregue no próximo mês. O Governo do Estado, através da Compesa, que executa as obras de implantação da adutora, concluiu uma importante etapa de testes em um trecho de mais de 17 quilômetros, entre a cidade de Belo Jardim e o distrito de Serra dos Ventos, e já planeja uma segunda bateria de testes de Belo Jardim ao distrito de Barra de Farias, em Brejo da Madre de Deus, até o fim desse mês, totalizando quase 29 quilômetros prontos para o início das operações. Os serviços executados nesse trecho da Adutora do Agreste vão levar água até as estações de tratamento de Barra de Farias e de Fazenda Nova, garantindo o abastecimento dos distritos de Barra de Farias, Fazenda Nova e Mandaçaia, beneficiando o total de 11 mil pessoas.
A água que será disponibilizada para Fazenda Nova e o próprio distrito de Serra dos Ventos, para mais cinco mil habitantes, percorrerá um longo caminho até a população. O abastecimento será viabilizado via Adutora do Moxotó, que capta água do Rio São Francisco no distrito de Rio da Barra, em Sertânia, e se conecta à Adutora do Agreste na cidade de Arcoverde. A Adutora do Moxotó foi uma solução desenvolvida pelo Governo de Pernambuco e pela Compesa para antecipar o uso das águas do “Velho Chico” mesmo sem a finalização do Ramal do Agreste, obra do Governo Federal essencial para a operação da Adutora do Agreste. Por esse sistema, a Compesa já consegue atender as cidades de Arcoverde, Pesqueira, Alagoinha, Sanharó, Belo Jardim e São Bento do Una.
A secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos do Estado, Fernandha Batista, esteve nesta quinta-feira (04), nas obras da Adutora. Durante a visita técnica, a titular da pasta ressaltou o significado especial dessa iniciativa para quem reside na região e a importância do início do teste útil. “O Governo de Pernambuco assumiu o compromisso de trabalhar em prol da universalização do acesso à água, garantindo a segurança hídrica tão necessária para qualidade de vida da população. Estamos conseguindo vencer as etapas dessa obra para enfrentar a seca no Agreste, região que mais sofre com o maior déficit de água do país”, pontua Batista.
A presidente da Compesa, Manuela Marinho, avalia positivamente a conclusão de mais uma etapa importante da adutora. “Esse é mais um trecho imprescindível entregue pela Compesa dentro do projeto da Adutora do Agreste. Particularmente, é mais um investimento expressivo do Governo de Pernambuco na região com a menor disponibilidade hídrica do Estado, desatrelando o funcionamento da adutora à conclusão do ramal. Pernambuco continua empenhado na execução do empreendimento, com o investimento sistemático de recursos para dar celeridade às obras e garantir o abastecimento da região”, comentou Manuela.
A Compesa executa a obra da Adutora do Agreste e faz a gestão dos recursos repassados pelo Governo Federal. Do montante de R$ 1,030 bilhão repassado até 2020, a Companhia adquiriu tubulação e executou 647,8 quilômetros da adutora, o que corresponde a 67% da obra. As tubulações de grande porte, com 1.200 milímetros de diâmetro, que farão o transporte de uma vazão de 2 mil litros de água por segundo, têm capacidade projetada para operar em conjunto com o Ramal do Agreste. A primeira etapa da obra prevê a cobertura de 23 municípios. Na segunda etapa, ainda não conveniada com o Governo Federal e com recursos estimados em R$ 2 bilhões, serão implantados mais 728 quilômetros de extensão para atender mais 45 cidades com água da Transposição do Rio São Francisco.
POÇOS DE TUPANATINGA
Outra alternativa de operação desenvolvida pela Compesa para antecipar o funcionamento da Adutora do Agreste é o Sistema Adutor dos Poços de Tupanatinga, que consiste na perfuração de bateria de 20 poços e implantação de sistema com 61,2km de adutora e conjunto de 6 estações de bombeamento para abastecer, a partir da cidade de Tupanatinga, as cidades de Buíque, Itaíba e Águas Belas. O percentual de conclusão desse sistema é de 62%.
JANELAS PARA O RIO
Ainda durante à tarde, em agenda no Agreste Central, Fernandha Batista, esteve em Gravatá para vistoriar o Parque Ambiental Janelas para o Rio, situado no bairro do Jucá. O equipamento é o terceiro em construção no Estado e se encontra, neste momento, com o percentual de quase 31% execução. Estão sendo realizados os trabalhos restauração de patrimônio público, execução da pista de Cooper, concretagem de estruturas, montagem de estrutura metálica e revestimento, além da construção de reservatórios para abastecimento do parque. A previsão é a de que o trabalho seja finalizado em maio deste ano. O investimento gira em torno R$ 2,3 milhões.
“Essa ação do Governo de Pernambuco busca resgatar a bacia do rio Ipojuca e sensibilizar os moradores para o cuidado com o ambiente. Além disso, a construção do parque é mais uma opção de espaço para a socialização em comunidade”, ressalta a secretária Fernandha Batista. De acordo com a gestora, estão sendo construídos parques lineares em São Caetano e Caruaru, com orçamento total de R$ 15 milhões.
As estruturas contam, no geral, com passeios (calçadas), mobiliário urbano (praça de convivência), pista de cooper, playgrounds, portaria, administração, quiosque, sanitários, vegetação paisagística, além de bloco destinado à educação ambiental, área de reflorestamento, sinalização, ecopontos e iluminação pública.
A iniciativa consiste em um conjunto de intervenções previstas para proteger as margens do rio Ipojuca e, ainda, ser espaço de convivência para população. O projeto foi elaborado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e a fiscalização da obra está a cargo da executiva de Recursos Hídricos.







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