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Anvisa condena uso de medicamentos sem indicações para covid

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Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Num claro movimento contrário ao presidente Jair Bolsonaro, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta segunda-feira (05), comunicado no qual faz alerta sobre os riscos à saúde da população causados pelo uso indiscriminado de medicamentos sem orientação profissional, que pode levar à morte.

Bolsonaro continua na sua defesa do uso do tratamento precoce contra a covid-19, como o uso de cloroquina e ivermectina. Segundo a Anvisa, a automedicação, principalmente neste momento de pandemia, tem preocupado ainda mais as autoridades sanitárias em todo o mundo. “É preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos reais dessa prática, que pode causar reações graves, inclusive óbitos”, assinala.

Para a Anvisa, “todo medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco”. Ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto. Essa avaliação é realizada a partir de critérios técnico-científicos, de acordo com o paciente e o conhecimento da doença, acrescenta.

A agência ressalta que, para se ter uma ideia da dimensão e da gravidade do problema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.

“É imprescindível que profissionais de saúde e cidadãos notifiquem as suspeitas de eventos adversos, mesmo sem ter certeza da associação entre o evento adverso e o medicamento. A notificação torna possível identificar novos riscos e atualizar o perfil de segurança dos medicamentos”, alerta.

Serra FM

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