Relator no Tribunal Superior Eleitoral do processo de afastamento do prefeito de Arcoverde, Wellington Maciel (MDB), o ministro Alexandre de Moraes julgou, ontem, procedente a volta do gestor ao poder, do qual foi obrigado a deixar em fevereiro deste ano em ação na qual é acusado por abuso de poder econômico. O grupo do prefeito comemorou como uma volta definitiva ao cargo.
Mas a oposição anunciou, ontem, que recorrerá ao pleno do TSE, já que a decisão é liminar, não tendo capacidade, segundo interpretação dos seus advogados, de colocar um ponto final nesta novela mexicana. Enquanto Wellington esteve afastado, o Governo municipal foi tocado pelo prefeito-interino, Weverton Siqueirinha, até então do grupo situacionista, mas hoje considerado traidor.
Traidor porque demitiu todo o secretariado de Wellington, inclusive o vice-prefeito Israel Rubis, nomeado para a Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente. Siqueirinha, inclusive, dava como certa a cassação definitiva do prefeito, tanto que já estava articulando a sua candidatura a prefeito na eleição suplementar que julgava como certa. Quebrou a cara.
A volta de Wellington, segundo a advogada Diana Câmara, foi sustentada numa defesa amplamente robusta do ponto de vista de sustentação jurídica e técnica. “Basta ler o parecer do Ministério Eleitoral de Brasília, da Procuradoria Geral Eleitoral, e agora o voto do ministro Alexandre de Moraes. Estamos confiantes de que, mesmo havendo recurso, nossa defesa será vitoriosa no pleno”, disse Diana.
Politicamente, saem vitoriosos, também, a ex-prefeita Madalena Brito, que emplacou Wellington como sucessor, e o deputado federal Fernando Monteiro (PP), que acompanhou de perto em Brasília a tramitação do processo fazendo, quando possível, sustentação forte e convincente em defesa do prefeito, que deve tomar posse ainda hoje numa Arcoverde em festa, apesar das comemorações discretas por causa das restrições impostas pela pandemia do coronavírus.
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