Pernambuco tem investido bastante em termos de conectividade por meio de fibras óticas e já está preparado para a chegada do 5G. O leilão da nova geração de comunicação móvel será promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta quinta-feira (04), e deve promover uma revolução em diversos setores do estado, como o agro e a indústria.
Segundo Carmelo José Albanez Bastos, diretor de ambientes de inovação e formação superior da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, o estado já vem se organizando para tirar proveito da nova tecnologia ao máximo.
“A gente tem trabalhado com a indústria e com o setor de agro, com algumas residências tecnológicas, inclusive em parceria com a Sudene e com Ministério do Desenvolvimento Regional. E nesses projetos que a gente tem em desenvolvimento, como a plataforma Agritech Nordeste e o PE 4.0, a gente tem usado o 5G como tecnologia habilitadora para prestação de nossos serviços digitais”, relata.
O AgritechNE é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) voltada ao desenvolvimento do agronegócio no interior do Nordeste, cujo projeto piloto foi sediado em Petrolina. O AgritechNE conta com oito metas a serem cumpridas até 2023 e integra a carteira de projetos do Pólo Mangue Digital (região metropolitana de Recife) da Rota da TIC do MDR, tendo o objetivo de apoiar o agronegócio a partir do desenvolvimento de startups na região do Vale do Rio São Francisco, com foco na área de fruticultura. E a introdução da tecnologia 5G será fundamental para a empreitada, uma vez que entre as ações estão o mapeamento por região, capacitação e a criação de uma plataforma on-line para o desenvolvimento de novos negócios.
O deputado federal Vitor Lippi (PSDB/SP), que foi relator do Grupo de Trabalho para elaboração do edital do leilão do 5G, destaca que a tecnologia tem uma velocidade maior e tempo de latência (ou atraso) menor que o 4G. Segundo ele, avanços necessários em setores de destaque de Pernambuco dependem da nova geração de internet móvel, que pode ser 100 vezes mais rápida que a 4G.
“O que a gente espera são essas novas funcionalidades naqueles equipamentos que precisam de altíssima velocidade e baixíssima latência. Então, isso vai ser essencial para a mineração, já temos caminhões autônomos aí nas minas, para a agricultura, onde nós temos já tratores autônomos. Teremos muitos robôs dentro das indústrias, então, todas essas questões precisam do 5G, necessariamente”, destaca Lippi.







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