O presidente Jair Bolsonaro voltou a culpar os governadores pela alta dos preços, especialmente dos combustíveis, neste domingo (16). Também acusou a Rede Globo de atribuir a inflação dos Estados Unidos à pandemia – mas a do Brasil, a ele.
Em uma série de mensagens publicadas em uma rede social, Bolsonaro afirmou que o governo federal adotou medidas para combater os impactos da covid-19 na economia. Ele citou como exemplos o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) e o Auxílio Emergencial.
“A Globo atribui a inflação nos Estados Unidos à pandemia (só na gasolina: 49%). Já no Brasil ela culpa diariamente o Presidente”, escreveu.
Bolsonaro também afirmou que o Executivo congelou os impostos federais sobre a gasolina e diesel desde janeiro de 2019. O alívio fiscal, porém, deu-se em março de 2021, quando o governo zerou temporariamente alíquota de PIS-Cofins sobre o óleo diesel e sem prazo para o gás de cozinha. De janeiro a novembro de 2021, o outro tributo federal incidente sobre os combustíveis, a Cide, arrecadou R$ 1,7 bilhão.
O mandatário, no entanto, disse lamentar que alguns governadores tenham aumentado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de produtos, dentre eles, os combustíveis. Ele citou como exemplo o governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB). Os dois deverão se enfrentar nas eleições presidenciais deste ano.
Os Estados, porém, congelaram o ICMS dos combustíveis por 3 meses. Em outubro, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou a manutenção do valor do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que serve de base de cálculo do ICMS cobrado sobre os insumos.
Na sexta-feira (14), os governadores decidiram encerrar o congelamento a partir de fevereiro. A decisão foi tomada em reunião do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz).
Apesar das críticas aos governadores, Bolsonaro comemorou que o país teve saldo de 3 milhões de novos empregos com carteira assinada em 2021. “Nosso sofrimento na economia foi um dos menores no mundo”, disse.
“Mesmo com as medidas de lockdown determinadas pelos governadores, obrigando a todos ficarem em casa, o Brasil terminou 2021 com um saldo de 3 milhões de novos empregos criados com carteira assinada”, completou.
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