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Mais da metade da população está insatisfeita com a gestão da educação básica pública no país

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A condução da educação básica pública no Brasil é reprovada pela maior parte dos brasileiros aptos a votar, segundo pesquisa encomendada pelo Todos Pela Educação. O levantamento, realizado pela Conectar Pesquisas e Inteligência, mostra que 58% da população com 16 anos ou mais se consideram insatisfeitos ou muito insatisfeitos com o Governo Federal, enquanto 54% dos entrevistados se dizem insatisfeitos ou muito insatisfeitos quando avaliam a condução dos governos estaduais.

— Essa rejeição tem muita relação com a resposta dos gestores públicos à pandemia. Muita coisa foi sentida diretamente pela população com seus filhos que ficaram fora da escola nesse período — ressalta Lucas Hoogerbrugge, líder de relações governamentais do Todos Pela Educação.

— Mas o que chama muita atenção é que a reprovação na política educacional é maior em relação ao governo federal que aos estaduais. Pesquisas de outros temas mostram o contrário — diz.

Desde o começo da gestão de Jair Bolsonaro, o Ministério da Educação (MEC) tem sido marcado por constantes trocas de gestoresredução de orçamento baixa execução de recursos. Neste ano, a pasta ainda entrou no centro de suspeitas de que dois pastores pediam propina em ouro e em bíblias em troca de influência na liberação de verbas.
A pesquisa, quantitativa, foi feita nacionalmente entre os dias 7 e 24 de fevereiro deste ano. O levantamento foi realizado por telefone, com a aplicação de um questionário estruturado junto a um público de 3.860 pessoas, parcela representativa da população eleitoral brasileira com 16 anos ou mais. O intervalo de confiança é de 95% e a margem de erro é de 1,6%, para mais ou para menos, sobre os resultados obtidos pela amostra.

Faltando menos de seis meses para as eleições gerais no Brasil, o levantamento apontou que 59% dos eleitores brasileiros consideram a educação um tema “muito importante” na hora de avaliar propostas de candidatos. Já 15% disseram ser “pouco importante”, enquanto para 17% o tema será indiferente para suas escolhas em outubro.

— Educação costuma estar na agenda, mas não é prioritária. Estamos vendo que o eleitor está insatisfeito e quer ouvir propostas — analisa.

Na avaliação do líder de relações governamentais do Todos Pela Educação, há dois grupos de ações que deveriam ser resolvidos pelos novos eleitos, a partir de 2023. O primeiro ainda é de combate aos efeitos da pandemia.

— São quase dois anos de escolas fechadas com efeitos muito graves, especialmente na saúde mental. Por isso, tem um trabalho aí a ser feito, como busca ativa, recuperação de aprendizagens, acolhimento, que é para ontem, mas não houve em alguns lugares — diz o especialista.

Serra FM

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