Lula será diplomado, hoje, presidente da República, resultado da eleição passada na qual derrotou o atual presidente Jair Bolsonaro em disputa de dois turnos. Oficializado como chefe da Nação pelo Tribunal Superior Eleitoral, o petista promete anunciar, a partir de amanhã, novos ministros, dando sequência aos cinco auxiliares revelados na última sexta-feira.
Na primeira leva, o PT foi contemplado com duas pastas da maior importância – Fazenda e Casa Civil, respectivamente entregues a Fernando Haddad e Rui Costa. Mas o partido do presidente quer mais, deseja a maioria dos gabinetes da Esplanada e espaços mais robustos para fazer política. Lula está sofrendo pressões nessa direção.
Natural, mas o que desperta mais atenção, a partir de agora, é o tamanho do espaço na Esplanada que caberá aos partidos aliados e, principalmente, o bloco chamado Centrão. Sem ele, com cerca de 250 deputados, Lula não governa. Só o PL, partido do presidente Bolsonaro, elegeu 99 deputados e 14 senadores.
Será, evidentemente, contemplado, mas com quais ministérios? A pasta de maior aderência política, o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa-Família, não deve ser compartilhada com partidos aliados, mas pelo próprio PT. A composição da Esplanada dos Ministérios com Lula no Palácio do Planalto deve aumentar dos atuais 23 ministérios para ao menos 33.
Essa ainda é uma conta preliminar e o número pode crescer até a posse do petista. A ideia de Lula é desmembrar os gigantes da Esplanada e setorizar os temas, o que facilitaria a gestão no entendimento da equipe dele. A ampliação de ministérios é vista como uma forma de o petista acomodar aliados, ainda mais considerando que o PT formou uma coligação com outros nove partidos para disputar a eleição presidencial deste ano.
Por Magno Martins







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