Setenta e três pessoas em situação análoga à escravidão foram resgatadas no Litoral Sul de Pernambuco, nos dias 19 e 20 de agosto.
Os trabalhadores, que prestavam serviço no setor da construção civil, estavam em alojamentos insalubres e superlotados. Além disso, há queixas de transporte irregular para os locais das obras e ausência de registro de trabalho. O nome da cidade onde ocorreu o resgate não foi informado.
A mão de obra era utilizada por empresas responsáveis pela construção de resorts e condomínios de luxo em praias da região.
Com promessa de emprego, os trabalhadores tinham que arcar com os custos dos alojamentos – um deles chamado de “Carandiru” -, e de utensílios básicos, como geladeira, fogão, cama e ventilador, segundo o MPT-PE. A fiscalização também identificou riscos na parte estrutural e elétrica dos alojamentos.
Os relatos dos resgatados indicam que eles não tinham registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ou qualquer tipo de contrato de trabalho. Quanto ao transporte dos trabalhadores dos alojamentos para as obras, os relatos são de que eles eram levados em caminhões caçamba, sem qualquer segurança.
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