O projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que proíbe a prática de “surfe” e “amorcegamento” em ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) está motivando protestos de rodoviários na PE-15. A proposta foi aprovada em segundo turno na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na última quarta-feira (30).
A categoria estacionou, por cerca de duas horas, coletivos na área central da capital pernambucana nessa segunda-feira (4) e, nesta terça-feira (5), paralisou o funcionamento do Terminal Integrado da PE-15, em Olinda.
Após a aprovação na Alepe, o projeto depende agora da sanção da governadora Raquel Lyra (PSDB) para passar a vigorar como lei. A autoria do texto é do deputado estadual Pastor Júnior Tércio (PP).
O Sindicato dos Rodoviários, que organizou o protesto de segunda-feira no Recife, expressou revolta contra o projeto e pela forma como ocorreu a aprovação na Alepe.
“Um projeto que visa proibir a prática do surfe rodoviário, mas que culpabiliza o motorista caso ele não consiga coibir tal prática no ônibus que tiver conduzindo”, afirmou a categoria, por meio de nota.
“Solicitamos que a governadora vete o projeto, no que diz respeito à culpabilização dos rodoviários e abra um autêntico debate com a sociedade pernambucana”, completou o sindicato.
Na tribuna da Alepe, na segunda-feira, o deputado Pastor Júnior Tércio defendeu que o Sindicato dos Rodoviários está interpretando a proposta de “maneira errada” ao informar que motoristas podem ser prejudicados.
O parlamentar explicou que a punição será aplicada para as empresas de transporte ou para o praticante do “surfe”, pois “não é justo punir os motoristas”.
“Não é coerente falar em punição das partes mais frágeis do processo, que é o motorista e a população”, pontuou Júnior Tércio.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, disse que a fala do deputado é um “equívoco”.
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