O departamento de Justiça dos EUA avisou em maio o presidente, Donald Trump, que seu nome aparecia entre outros nos arquivos do milionário Jeffrey Epstein, que abusava sexualmente de menores de idade. A informação foi publicada pelo jornal “Wall Street Journal” nesta quarta-feira.
“Em maio, (a procuradora-geral dos EUA Pam) Bondi e seu vice informaram ao presidente, em uma reunião na Casa Branca, que seu nome constava nos arquivos de Epstein”, diz a reportagem.
“Eles disseram ao presidente na reunião que os arquivos continham o que as autoridades consideraram ser boatos não verificados sobre muitas pessoas, incluindo Trump, que haviam socializado com Epstein no passado”, afirma a reportagem.
Os documentos incluiriam “centenas de outros nomes”, afirma o texto do “‘Wall Street Journal”. “Ser mencionado nos registros não é sinal de irregularidade”.
O caso Epstein voltou à tona em julho deste ano depois que no último dia 7, quando o Departamento de Justiça emitiu uma nota corroborando a versão oficial da morte do empresário.
A nota reafirmava que o empresário havia cometido suicídio, e que não havia evidências de que ele mantinha uma “lista de clientes” que também participavam dos abusos sexuais .
Jeffrey Epstein (1953-2019), multimilionário e próximo de figuras da elite política e financeira dos EUA, abusou de menores de idade pelo menos desde os anos 1990. Ele foi encontrado morto na cela de uma prisão em Nova York, em 2019, onde aguardava seu julgamento.
Ghislaine Maxwell, sua amiga próxima, foi condenada em 2022 a 20 anos de prisão por tráfico sexual de menor de idade. Segundo as investigações, o empresário abusou de dezenas de meninas menores de idade no início dos anos 2000. Ele foi preso pelos crimes em 2019, mas tirou a própria vida dentro da prisão um mês após ser detido.
Epstein conviveu com milionários de Wall Street, membros da realeza e celebridades antes de se declarar culpado de exploração sexual de menores em 2008. Trump aparece em vários desses vídeos.
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