Um dos casos mais emblemáticos de mortes provocadas por intoxicação de bebidas adulteradas por metanol no Brasil ocorreu na Bahia, em março de 1999, quando 35 pessoas morreram pela ingestão de álcool “batizado” com o produto nocivo ao organismo humano. Naquele ano, foram confirmados 35 óbitos pela ingestão de cachaça artesanal batizada com metanol. Além das vítimas fatais, ao menos outras 400 pessoas apresentaram sintomas de intoxicação pela ingestão do líquido adulterado. Casos foram registrados em 10 cidades baianas. Entre os municípios que registraram vítimas estavam Nova Canaã, Dário Meeira, Ibicuí, Poções e Itiruçu. Polícia identificou alta concentração de metanol na cachaça em bares da região. De acordo com documentos da Polícia Técnica do Instituto Médico Legal da Bahia, na época as amostras colhidas em bebidas e no sangue de pessoas intoxicadas apontou que a proporção de metanol para cada 100 ml de álcool variava entre 2,85 e 20 ml.
Autoridades baianas afirmaram se tratar de uma adulteração criminosa. “Diante da quantidade de metanol encontrada nas amostras, podemos dizer que a contaminação não ocorreu de forma acidental, pelo uso de recipientes com resíduos de metanol, por exemplo. Houve intenção criminosa de lucro por parte dos responsáveis pela fabricação da aguardente”, disse à imprensa local o então secretário de Saúde da Bahia, José Maria de Magalhães.
Na época, as autoridades fecharam estabelecimentos e decretaram as prisões de quatro suspeitos. Um deles chegou a ser preso e os outros três fugiram. Não há informações se os responsáveis foram punidos pelo ocorrido.
O UOL procurou as autoridades baianas, mas não obteve retorno. A reportagem tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça da Bahia. O espaço segue aberto para manifestação.
Do UOL







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