Do UOL
Em um evento pré-COP30, o presidente Lula (PT) disse que até o dia 17 deste mês será anunciada em Brasília a criação de uma universidade indígena.
A promessa foi feita em visita à Aldeia Vista Alegre de Capixauã, no Pará. O presidente está visitando comunidades indígenas na Amazônia nestes dias que antecedem a Cúpula dos Líderes e a COP30.
Lula não falou sobre a crise de segurança pública no Rio de Janeiro. A megaoperação policial no Rio, a mais letal da história do Brasil, virou o principal tema do país e uma bandeira da direita contra o governo Lula, mas o presidente ainda não se manifestou sobre o caso. Amanhã, o ministro do STF Alexandre de Moraes vai à cidade discutir a situação. O presidente está focando na pauta ambiental.
O petista adiantou que a sede da universidade será em Brasília. “Já tem até sede. Já tem até prédio”, declarou, sob aplausos dos indígenas. Não foram fornecidos mais detalhes sobre o projeto do governo. O presidente afirmou apenas que os interessados poderão estudar na capital federal e que haverá extensão para quem desejar fazer cursos em seus estados.
Lula também fez uma série de promessas a comunidades indígenas. Anunciou que seu governo levará energia, água potável e melhorias nos serviços de educação e saúde, além de construir moradias — porém, sem explicar como isso será feito. Em tom de brincadeira, disse que vai criar o programa “minha oca, minha vida”.
Ontem (1), o presidente inaugurou ampliação no porto e no aeroporto de Belém. Em seu discurso, afirmou que a capital paraense será melhor depois da COP30 porque o evento deixará legado para a população.
As obras foram usadas para rebater as críticas pela escolha de Belém. Lula lembrou que muitas pessoas foram contra a escolha da cidade para sediar a COP30 e que ele estava entregando a infraestrutura necessária e tão questionada.
Governo Lula e os indígenas
Em janeiro, lideranças indígenas avaliaram que a primeira metade do governo Lula foi um misto de conquistas e frustrações. Por um lado, o país retomou as demarcações de terras e amenizou crises em regiões invadidas pelo crime ambiental. Os movimentos pediam, no entanto, que o Executivo se empenhasse mais para conter a violência nos territórios e defender direitos dos indígenas no Congresso.
O governo regularizou 13 terras indígenas em dois anos. Isso significou a volta das demarcações, que foram paralisadas na gestão de Jair Bolsonaro (PL), mas o número decepcionou entidades. A oficialização dessas terras já era prevista no início do mandato, porque não havia pendências burocráticas sobre elas. Ou seja, Lula não foi além do mínimo esperado.







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