Nordeste

Cachaça pernambucana recebe primeiro selo de sustentabilidade

0

A cachaça pernambucana Sanhaçu é a primeira do Brasil a receber o Selo de Envelhecimento Sustentável (SES). Iniciativa da Fazenda Escola Cana Brasil, a instituição mais tradicional no ensino e promoção do conhecimento sobre a cachaça brasileira. Para recebê-lo,  as cachaças de alambique precisam adotar práticas de reposição florestal relacionadas às dornas e barris, que devem ser fabricados com madeira proveniente de espécies nativas ou exóticas, para o armazenamento e envelhecimento dos produtos.

Produzida no engenho de mesmo nome, em Chã Grande, a Sanhaçu foi a cachaça que mais se destacou nacionalmente no critério de compromisso entre 800 projetos analisados. “Sabíamos que ela conseguiria pelo que acompanhamos do trabalho, mas outras cachaçarias começaram a entrar em contato conosco. A certeza que temos é de que, em 10 ou 15 anos, vamos ter muito orgulho deste trabalho”, concluiu o mestre da Cana Brasil Arnaldo Ribeiro.

O mestre comenta que a ideia do selo surgiu como forma de incentivar a produção sustentável e auxiliar na promoção comercial dos produtos. “Começamos com essa ideia nos eventos que produzimos, incentivando os donos de fábrica a realizar o plantio de mudas. Depois, acabamos criando o selo com o pensamento de que a cachaça vem ganhando destaque internacional. Ele poderá garantir para o comprador que aquela madeira não é fruto de desmatamento de floresta, por exemplo”, informou.

Além disso, o trabalho é de conscientização. Já que o replantio voluntário garante que a madeira, umas das matérias-primas necessárias para a produção das cachaças, não irá faltar.

Prestes há completar 14 anos, a Sanhaçu foi uma das primeiras a aderir à reposição florestal voluntária. “Quando começamos a fazer o reflorestamento, nós sequer pensávamos em fazer cachaça. Nosso reflorestamento foi voluntário, com base no que acreditamos e achamos certo”, afirmou Elk Barreto, diretora de marketing da empresa.

De acordo com o empresário da Sanhaçu, Oto Barreto, o novo selo está em processo de produção e deve ser inserido nos próximos lotes da cachaça. A identificação contará com tecnologia gráfica de última geração, que utiliza um conjunto de itens de segurança, além da técnica do talho doce, que conta com impressão em relevo de segurança e a calcografia cilíndrica, presente na CNH e em selos fiscais.

Serra FM

Ocorrências policias de Serra Talhada neste fim de semana

Post anterior

Lista de presenças em eventos do governador Paulo Câmara no Sertão chama atenção para a eleição de 2022

Post seguinte

Recomendado para você

Comentários

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em Nordeste