Em 2023, foram registradas em Pernambuco mais de 70 mil denúncias de crimes sexuais praticados contra crianças e adolescentes pela internet.
Dados do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania apontam que, no ano passado, o sistema Disque 100 recebeu 735 queixas de abuso e exploração sexual contra a infância no Estado.
Entre janeiro e março deste ano, segundo a Polícia Civil, foram registrados 53 casos de violência sexual praticada contra crianças e adolescentes no ambiente virtual.
Embora sejam alarmantes, os números ainda podem ser bem maiores em virtude da subnotificação.
Diante desse quadro, a Rede de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes do Estado de Pernambuco lançou, nesta quinta (2), a Campanha do 18 de maio de 2024.
É uma ação que marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
A solenidade aconteceu no auditório do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente de Pernambuco (CEDCA/PE), na Boa Vista, na área central do Recife.
Este ano, o tema da ação é “Conexão com Proteção: Eduque, previna e proteja crianças e adolescentes da violência sexual na internet”.
A meta é convocar a sociedade para proteger as crianças e adolescentes das armadilhas do mundo digital.
A Campanha Nacional do 18 de Maio é uma das ações mais importantes que essa Rede, pioneira no Brasil, atua na visibilidade desse tipo de violência que ocorre na área de Criança e Adolescente.
Dolores Fastoso, Representante do Coletivo Mulher Vida e membro da Coordenação da Rede de Enfrentamento, pontuou a importância do fortalecimento do movimento.
“Esse tema busca de forma estratégica chamar a sociedade para o enfrentamento do abuso infantil e de adolescentes no mundo digital”, afirmou.
Como será
A meta da campanha atingir grande parte da população. Serão produzidas camisas, cartazes, banners, faixas, outbus, panfletos. Haverá, ainda, ações nas redes digitais.
O delegado Dalson Macedo, gestor do Departamento da Polícia da Criança e do Adolescente, destacou a importância da mobilizção.
“A prioridade de casos envolvendo crianças e adolescentes é absoluta, mas infelizmente não é isso que temos visto. Não podemos minimizar esse tipo de crime”, declarou.
Fonte : Diário de Pernambuco
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