Nesta sexta-feira (17), 96 crianças e bebês aguardavam vaga de UTI. Em reunião com MPPE, Secretaria Estadual de Saúde se comprometeu a abrir 10 novos leitos na segunda-feira (20).
A fila de espera por um leito de UTI pediátrica em Pernambuco poderia estar bem menor, caso o estado cumprisse a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). É o que diz a médica especialista em gestão de saúde, Monica Giesta (veja vídeo acima). Segundo a médica, faltam 52 leitos de UTI pediátrica e neonatal para que Pernambuco atenda à recomendação da OMS. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 96 crianças e bebês aguardavam um leito de UTI nesta sexta-feira (17): 84 crianças e 12 bebês.
O estado de Pernambuco conta, ao todo, com 304 leitos de UTI para crianças e bebês, de acordo com a SES. Destes, 228 são próprios, enquanto 76 são contratados pelo estado em unidades conveniadas.
Ainda segundo a SES, atualmente Pernambuco conta com 140 leitos em enfermarias para atender crianças com quadro de SRAG. O número também não é o suficiente para a demanda existente, de acordo com a recomendação da OMS.
“Muitas vezes a necessidade de estar num ambiente fechado de CTI [Centro de Tratamento e Terapia Intensiva] é de quatro dias. Após quatro dias, a criança pode não estar apta para ir para o domicílio […]. Existem também métricas […] que para cada quatro leitos de CTI, pediátrico ou neonatal, deve haver mais seis leitos de acomodação”, explicou Monica Giesta.
Ministério Público cobrou mais leitos em UTIs
O Ministério Público se reuniu nesta sexta-feira (17) com a Secretaria Estadual de Saúde para cobrar mais leitos de UTI neonatal e pediátrica em Pernambuco. De acordo com a promotoria, o governo estadual se comprometeu a liberar dez vagas no município de Goiana, na Zona da Mata Norte, na segunda-feira (20), e mais 20, em Caruaru, no Agreste, que estão sem prazo de abertura.
O Ministério Público explicou também que a secretaria está tentando abrir leitos de enfermaria pediátrica, agilizar a rotatividade dos pacientes e abrir novos leitos com suporte ventilatório em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Um dos obstáculos para esta medida, de acordo com o MPPE, é a falta de profissionais de fisioterapia respiratória pediátrica para atender nas UPAs, onde crianças e bebês ficam internados pro muito dias enquanto aguardam leitos.
Dificuldade para contratar profissionais especializados
A fila por uma vaga de UTI pediátrica em Pernambuco registrou recorde na terça-feira (14), quando 154 crianças aguardavam um leito, segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Na quarta (15), a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, disse à TV Globo que parte da dificuldade em abrir novos leitos se deve à falta de médicos pediatras e especialistas para trabalhar nas novas vagas.
Fonte: G1 Pernambuco
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