Pelo menos 1.200 servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informaram no final da tarde desta terça-feira (02), que vão suspender suas atividades de fiscalização externa. Os funcionários cobram melhorias na carreira e alertam que a paralisação afetará o combate a desmatamentos, incêndios e invasão de terras indígenas.
“A partir de 1º de janeiro de 2024, todos os servidores do Ibama que subscrevem o presente documento concentrarão seus esforços exclusivamente em atividades burocráticas internas”, afirmou o documento encaminhado ao governo federal na última sexta-feira (29), e que já foi assinado por 1.200 funcionários do Ibama.
O comunicado afirmou que os servidores do Ibama estão há dez anos “em total abandono”, e foram os que mais sofreram assédio durante o governo Bolsonaro. “Aguardamos uma resposta urgente e ações concretas”, seguiu o documento.
Uma das líderes da mobilização é Silvia Nascimento, servidora do Ibama e diretora da Asibama-DF, entidade que representa os funcionários do órgão. Nascimento afirmou que esperava que a carreira fosse valorizada no governo Lula.
“Se colocar na ponta do lápis, não vale o trabalho de fiscalização. Quando a gente volta do campo, temos que compensar o trabalho administrativo, não temos horas extras ou banco de horas. Estamos sem uma reestruturação digna há pelo menos dez anos”, afirmou.
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