Acusado por uma funcionária de assédio moral e sexual, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi afastado do cargo neste domingo. De acordo com o site, o dirigente não poderá exercer a função por 30 dias, por uma decisão do Conselho de Ética, que já notificou a CBF sobre o caso. O vice Antônio Carlos Nunes assume durante o período de afastamento. Caboclo agora terá que cuidar de sua defesa.
Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, assume a presidência por ser o vice mais velho (82 anos). Ele ocupou o cargo entre fevereiro de 2017 e abril de 2019, no período entre o banimento de Marco Polo Del Nero e a posse de Caboclo, eleito para ficar até 2023.
A decisão ocorre após quase uma semana de tentativas e pedidos de diretores da confederação e presidentes de federações estaduais para que Caboclo se afastasse. Como último argumento para convencê-lo lhe foi sugerido atender ao conselho do diretor de governança, André Megale, de se licenciar por tempo determinado. Talvez, seis meses, para se defender das acusações de assédio sexual e moral feitos por uma cerimonialista da confederação.
Os argumentos apresentados a Caboclo, segundo soube a reportagem, era que a saída dele, mesmo que temporária, abafaria todos os problemas. Faria sair do noticiário a denúncia de assédio, aplacaria o descontentamento dos jogadores da seleção e de Tite, garantiria a realização da Copa América sem sobressaltos e atenderia ao desejo manifestado por presidentes de outras confederações nacionais, da Conmebol e até de representantes da Fifa: tirá-lo da organização do torneio. O cartola continuou a negar essa possibilidade. A pelo menos um presidente de federação do Nordeste disse que se sair, a chance de não voltar é grande.
por Folhapress
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