O Recife é a capital brasileira mais ameaçada pelo avanço do nível do mar, de acordo com o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relatório também aponta a “Veneza brasileira” na 16ª posição entre as cidades do planeta que correm mais risco e o G1 explica os fatores que contribuem para isso.
Entre as conclusões do relatório mais recente do IPCC, divulgadas em agosto, está à estimativa de que os seres humanos tenham sido responsáveis por um aumento de 1,07°C na temperatura do planeta.
O aumento do nível do mar é apenas um dos efeitos das constantes mudanças climáticas apontadas pelos especialistas.
Diversos aspectos fazem com que o Recife seja a cidade mais afetada pelo avanço marítimo, como a geografia, a densidade demográfica e até mesmo a desigualdade social, segundo especialistas. Não quer dizer que a capital vai ser ‘engolida’ pelo oceano, mas sim que tem muitos desafios a enfrentar.
O que diz a Prefeitura
O G1 entrou em contato com a prefeitura para saber como estão as ações de prevenção e adaptação para as mudanças climáticas e avanço do nível do mar.
Por meio de nota, a administração afirmou que busca caminhos e soluções que dialoguem com a agenda global de sustentabilidade e que a cidade “vem adotando uma série de medidas através de um planejamento público para mitigação dos futuros impactos de forma coordenada, integrada e em parcerias locais e internacionais”.
A prefeitura citou ações para reduzir as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa, como troca de lâmpadas de iluminação pública por LED, Plano de Arborização com plantio gratuito e instalação de placas solares em prédios públicos.
O G1 também questionou a prefeitura sobre a engorda da Praia de Boa Viagem.
A prefeitura afirmou que o projeto está na fase de atualização dos estudos e, posteriormente, será feita a captação de recursos.
“Este é um importante projeto para a cidade e a gestão está empenhada em colocá-lo em prática o mais breve possível, mas com muita segurança para evitar danos colaterais que ocorreram em outras cidades”, diz a nota.
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